terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Uma igreja sem teologia

É interessante constatat que, tanto na vertente católica como da protestante, a partir da década de 1960 vem-se insistindo em que a igreja do nosso continente não tem teologia.Conforme observado por alguns teólogos entre eles José M. Bonino.

Quando afirmamos que a igreja na América Latina é uma igreja sem teologia, não estamos querendo negar a presença de uma teologia implícita nem lamentar a ausência de uma teologia especulativa. A afirmação apenas tem sentido dentro dos limites de uma análise mais profunda da função da reflexão teológica em relação com a vida e a missão a igreja.

Podemos observar que a literatura cristã, em sua maioria, é traduzida do inglês; nós latino-americanos produzimos pouco, a repetição das fórmulas doutrinárias sem inserção em nossa realidade, a maneira como nossas igrejas adquirem o colorido teológico das agências missionárias que as fundaram, o corpo docente dos seminários e os programas que são ensinados, nossa hinologia e corinhologia.

No entanto, temos um desafio, que depois de constatar a nossa dependência teológica e cultural, é preciso arriscar a criação de uma teologia que responda à situação própria. Que nasça desta terra e para essa gente que está ao nosso lado, que somos testemunhas de seus conflitos e problemas.

Marcos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O crente pode perder a salvação?

O arminiano genuíno responderá SIM a esta questão (em geral os pentecostais, os metodistas, os adventistas, os participantes da Igreja do Nazareno), enquanto os batistas de modo geral, apesar de não crerem na predestinação, dirão um sonoro NÃO à pergunta (aqui temos uma postura interessante, arminiana no que diz respeito à predestinação e calvinista no que diz respeito à segurança eterna dos salvos).

Para fins de raciocínio, consideremos que a postura arminiana genuína esteja correta, ou seja, o homem tem livre arbítrio e pode decidir livremente se quer ou não aceitar a oferta da salvação; e seu livre arbítrio permanece inalterado durante toda sua vida, ou seja, este mesmo homem que num dado instante decidiu livremente, sem nenhum constrangimento de qualquer espécie, aceitar a oferta divina, pode também decidir, de maneira igualmente livre, rejeitar o sacrifício de Cristo e assim perder a salva­ção. Tudo muito lógico se isso não ferisse de morte um dos pontos da própria doutrina arminiana: a predestinação segundo o conhecimento antecipado de Deus, ou seja, Deus elege os que Ele sabe aceitarão a oferta da salvação. Digamos que o Sr. Jota aos 20 anos aceitou genuinamente a Jesus, estando portanto salvo. Aos 55, decidiu não mais crer no evangelho e morreu em um desastre uma semana depois, sem ter tempo de decidir aceitar a Jesus novamente. Obviamente, pela formulação arminiana o Sr. Jota, apesar de ter sido crente por 35 anos não gozará a eternidade ao lado de Deus, antes está condenado ao inferno. Pergunta-se: o Sr. Jota foi predestinado para ser crente somente por 35 anos? A predestinação segundo esse conhecimento antecipado foi frustrada? Deus foi pego de surpresa com a decisão do Sr. Jota de rejeitar a mensagem da cruz? Quem, no final das contas é o responsável pela salvação eterna — Deus, cujo trabalho se limita a montar o plano da salvação, ou o homem, a quem cabe perseverar diariamente na fé e que deve decidir diariamente se continua fiel a Jesus? Note que sobre o homem repousa uma responsabilidade tremenda.

Mas você poderia dizer, não, a formulação arminiana clássica não é aceitável neste ponto, pois o crente não pode perder a salvação, conforme lemos em Jo 10.28-29, o que nos conduziria, aparen­temente, ao melhor dos mundos: livre arbítrio e segurança eterna. Mas será que é assim mesmo? Va­mos refletir um pouco mais. Se esta formulação é verdadeira, significa que o crente uma vez salvo, mesmo que queira, não pode mais rejeitar a Jesus, posto que não há possibilidade de perda da salva­ção. Logo, forçoso nos é concluir que o homem só tem livre arbítrio até a conversão , cessando ela a partir daí, pois não há possibilidade alguma de o crente vir a perder a salvação, logo, ele não pode decidir após a conversão abandonar o evangelho. Abraçar essa idéia significa aceitar que o homem tem livre arbítrio durante um período da vida, e não durante toda a vida. Poder-se-ia perguntar se se pode chamar isso de livre arbítrio.

Vê-se, portanto, que a posição arminiana, quer a forma genuína quer a forma mitigada, tem di­ficuldades de lógica interna, com formulações se chocando (livre arbítrio X predestinação baseada no conhecimento prévio de Deus; ou livre arbítrio X segurança eterna; extensão do livre arbítrio).

Para resolver o problema do Arminianismo clássico só negando a predestinação de forma radi­cal, mas conforme vimos acima, negar peremptoriamente a predestinação é ainda mais complicado, tendo em vista os inúmeros textos que falam expressamente de predestinação. Para resolver o pro­blema do Arminianismo mitigado, só abrindo mão do livre arbítrio ou da segurança eterna.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

P P P...

Coincidência, não sei,mas que as minhas realização começam com "p" isso está sendo uma verdade, primeiramente o primeiro "P" de pastor, algo que desde a minha adolescência quando tive o primeiro contato com a igreja batista já fluira o desejo do ministério eclesiástico, fiz o Bacharél em Teologia e após formado assumir como pastor numa igreja batista. O segundo "P" outro desejo era de fazer psicologia ou psicanalise e atualmente estou fazendo a segunda opção, ainda não concluí, mas pretendo conquistar esse "p". O terceiro "P" é de professor, outro desejo que sempre tive, na qual atualmente estou lecionando numa escola de rede estadual. Entendo que ainda resta um "P" na minha vida que é o de "Pai", mas nesse acredito que deverei esperar mais um pouco, mas espero logo, logo ter mais esse "P" e quem sabe não terei outros "P" na vida.

Espero que sim...

um abração

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os Ateus Coitadinhos! Invertendo quem persegue a quem.

A Folha de São Paulo publicou uma entrevista de página inteira com Daniel Dennett, em 10 de maio de 2010, a propósito de uma visita que fará ao Brasil em novembro deste mesmo ano. Dennett é um dos mais famosos novos ateus, ou neo-ateístas, que vêm sacudindo o mundo com declarações bombásticas contra religião; mais especificamente, contra o cristianismo. Ao lado de Richard Dawkins, Samuel Harris e Christopher Hitchens, completa o quarteto nefasto conhecido como “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, pois lembram aqueles que despejam o flagelo e perdição sobre a humanidade.


Dennett, que chama na entrevista a crença em Deus de “um ato de desespero”, criticando e encurralando Francis Collins, ex-chefe do programa de pesquisa do Genoma Humano, surpreende ao afirmar que os ateus não são respeitados, mas perseguidos. Chega a ser hilária, a afirmação do Dennett, de que , “... os ateus estão mais ou menos na mesma posição em que estavam os homossexuais nos anos 1950, ou seja, se você admitir que pertence a esse grupo, sua vida está arruinada”. Quem está minimamente a par do que acontece nos Estados Unidos e no mundo, sabe que isso não é verdade, mas o oposto, sim. Os criacionistas são perseguidos, ridicularizados, escorraçados e expulsos das comunidades acadêmicas, independentemente de suas contribuições ao progresso do conhecimento e da ciência. Basta ver o filme “Expelled”, para constatar o que está realmente ocorrendo na academia (disponível no YouTube, legendado, em 10 segmentos).


Coitadinho dos ateus... Em vez de perseguidores, viraram perseguidos. Devemos, agora, aflorar os nossos mais profundos sentimentos de piedade e comiseração, solidarizando-nos com a raça. Quem sabe algum parlamentar brilhante, da seara tupiniquim, não se levanta e inventa um projeto-lei semelhante ao heterofóbico 122/2006, proibindo que se fale contra os ateus – a nova minoria discriminada.

Não vou entrar no mérito da companhia que o Dennett escolheu para se identificar, cada um sabe a quem se comparar, mas querer fazer o mundo de bobo, é demais. O pior é que ele consegue engajar alguns! Em 11.05.2010, a mesma Folha de São Paulo, repercutindo a entrevista do Dennett , do dia anterior, sai com um editorial na segunda página do primeiro caderno com o título: “Ateus e Religiosos”. Nele, a voz oficial do jornal diz: “aquilo que a princípio parece um exagero ganha contornos verossímeis quando se leva em conta a disputa particular entre ateus e criacionistas nos EUA”. O editorial continua, condenando os 45% da população americana que “leva a Escritura ao pé da letra”. Esse pessoal, de acordo com a Folha, radicaliza “a ponto de cercear a livre manifestação de idéias”. Durma-se com um barulho desses! Reclamação de que a evolução e o ateísmo não têm possibilidade de terem livre expressão?

A bem da verdade, o editorial condena os “militantes da descrença, que exageram ao negar a possibilidade de reconciliação entre fé e razão científica”. Mas saio da leitura do editorial com a nítida impressão que a estapafúrdia afirmação de Dennett foi acolhida.

Traduzi, há algumas semanas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, duas palestras do cientista Dr. Scott A. Minnich, especialista em microbiologia, com uma folha corrida extensa de trabalhos e publicações científicas. Entre outras coisas, ele dedicou-se às pesquisas sobre o vírus Yersinia Pestis (da peste bubônica), o flagelo bacteriano (motorzinho que proporciona a movimentação da célula), e o Sistema de Secreção Tipo 3 (TTSS – utilizados como “micro moto-boys”, para entrega de proteínas, nas células). Dr. Minnich demonstra que ao adentrar este campo da micro biologia, com conhecimentos e equipamentos que só existem de algumas décadas para cá, fica cada vez mais clara a evidência de inteligência e propósito por trás dos organismos. Argumentando pelo Design Inteligente, à semelhança de Michael Behe e outros, ele aventa a possibilidade de que se Darwin possuísse esse conhecimento, talvez não tivesse apresentado sua teoria, que vai ficando a cada dia mais difícil de ser sustentada, cientificamente.

Dr. Minnich aplicou os últimos 20 anos de sua vida em pesquisas de tanto valor científico, que faz parte de vários comitês governamentais e missões especiais dos Estados Unidos, destinadas a examinar e estudar defesas contra eventuais guerras químico-bacteriológicas. É esse cientista, entretanto, que declarou em uma das palestras, como era alijado de encontros científicos e recebia rejeição de colegas, em puro preconceito, por sua crença no Criador. Qualquer aluno de escola de primeiro grau sabe que a visão majoritária, no mundo da ciência é a evolucionista. A academia fecha-se monoliticamente em suas premissas, recusando-se a testar qualquer hipótese que fuja às suas pressuposições, postuladas como fatos comprovados. E agora vem o Sr. Dennett dizer que os pobrezinhos dos Ateus é que são discriminados. Só pode ser uma piada de mau gosto.

O Discovery Institute, organização que propõe o Design Inteligente como contra-ponto à teoria da evolução, relaciona vários casos de cientistas perseguidos por sua persuasão na subjacente inteligência que contextualiza o universo físico. Entre esses, os cientistas David Coppedge (NASA), Guillermo Gonzalez (Universidade de Iowa) e Richard Sternberg (Smitsonian Institute). Isso sem falar em inúmeros alunos de cursos de graduação e pós-graduação que têm suas pesquisas impedidas ou interrompidas por não se encaixarem no molde politicamente correto da academia, como é o caso de Bryan Leonard, na Ohio State University. Além disso, desde 2002 a American Association for the Advancement of Science decretou que a teoria do Intelligent Design não é científica, impedindo a mente inquisitiva e os estudos que sempre caracterizam e promoveram o avanço da verdadeira ciência. Quem procura tapar os olhos e apresentar apenas uma visão ao mundo, impedindo as demais? Quem está perseguindo a quem?

Ainda bem que não estão conseguindo calar a todos. O site “A Scientific Dissent from Darwinism” traz uma relação de mais de 600 cientistas, de todo o mundo, que, entre outras coisas, declaram o seguinte: “somos céticos quanto os dados apresentados em favor de mutações randômicas e quanto à seleção natural como responsável pela complexidade da vida. Um cuidadoso exame das evidências apresentadas para a teoria de Darwin deve ser encorajado”. A relação completa desses cientistas pode ser baixada em botão específico, no site.

Os que acreditam nas Escrituras, como Palavra de Deus inerrante, reconhecem essa fonte de inteligência como emanada do Deus Criador, que interage com a sua criação na pessoa do seu filho, Jesus, agente da criação (João 1.1; Romanos 11.36; Colossenses 1.15-17) e “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11.3).

Solano Portela

Post Scriptum: O Prof. Enézio E. de Almeida Filho lembra, em seu post sobre esta mesma entrevista, que o Dennett, em seu livro "A Perigosa Idéia de Darwin", propõe uma "solução final" para os crentes em subjetividades religiosas - colocar a todos em uma jaula no zoológico... Nada como ser benevolente para com os que pensam diferentemente! Dennett posa de santinho e perseguido, mas tem as garras e a língua bem afiada!

Fonte: O Tempora, O Mores

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entre uma coisa e outra...Relatarei isso

Marcos Cristian, pr

Pifes (nome fictício) sempre foi uma pessoa tímida que ao longo dos anos pouco envolvera com mulheres, alias conta-se de dedos as namoradas que tivera durante esse percurso, todavia agora ele vive um dilema interessante, eu diria incrível, solteiro, morando sozinho e com uma forte expectativa de sucesso, não pretende se envolver, todavia espera ter amizades. Bem o que chama mais atenção que ele passa por uma inusitada situação diante de três pessoas que toca em seu coração sendo:

A primeira uma moça solteira, de boa família, formada e bastante interessante;
A segunda ela é noiva, todavia percebe que em meio à amizade fica sempre algo no ar entre ambos, como uma conversa mal terminada...
E a terceira acredito que seja a mais complicada, pois é divorciada e ainda vive as turbulências do casamento que pouco tempo se desfizera.

Bem, Pifes está envolvendo com a situação que para alguns, seria fácil para resolver, todavia, devido a sua personalidade e integridade, se mantém distante de um qualquer possível envolvimento, até porque poderá trazer danos ao relacionamentos.

Bem, não é todos os dias que ouvimos de pessoas que estão neste dilema, espero que a compreensão sobre a atitude de Pifes seja de maneira louvável dentro de uma situação que visa mais à amizade, honestidade e respeito que a vulgarização do ser, em falando em ser, posso ver que como as pessoas não se prezam nesse sentido, estou atualmente dando aulas numa escola de ensino médio, e vejo como a facilidade pelo sexo é evidente no meio. Será que hoje as pessoas perderam o lugar onde fica a cabeça e vale mais ter bunda que cabeça?
Será que vale mais ter prazer sexual que expectativas de família e sucesso na vida?

Onde iremos parar se continuarmos a viver desta forma?

Até quando veremos adolescentes mães solteiras, digo isso, que falta muito homem no mercado para assumir uma família e levar a serio a vida a dois.

Acredito que atitude de Pifes é louvável entendendo que a expectativa que nele há de futuro é mais forte e duradouro.

Pense nisso!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma linda historia para ser ouvida no churrasco de família.

por Marcos Cristian, pr

Três senhoras conversando após o almoço de churrasco, quando uma delas direcionou para as demais e comentou sobre a experiência que tivera numa padaria:

- ela disse que fora à padaria e chegando lá se deparou com três moscas que estava sobrevoando sobre algumas bandejas de pães, ela inquieta por ver esta cena, observando aquela cena quando de repente viu que uma das moscas caiu onde estava os pães e por algum tempo ficou com as pernas para cima, o pior que diante desta cena, as pessoas não reclamaram sobre essa cena. Outrossim, percebo que muitas cenas poderiam ter um outro final se nós saíssemos de meros telespectadores para interagir, reclamar, etc.
Será essa a figura nossa dentro da sociedade que estamos inseridos, de apenas ver as coisas e não alterá-las, não avisar, não modificar e não aceitar...

Acredito que, voltando para a padaria percebo que a mosca ainda continua lá e as pessoas ainda continuam vendo-a sem ao menos avisar à direção ou mesmo ao balconista sobre esse acidente.

Alguém disse, se não pode ajudar, também não critique, acredito que seja verdade, pois em muitas situações a critica se revela como a não-realização minha para mudar, alterar uma situação, por isso é e será melhor criticar.

Por outro lado, a mosca lá representa, o estado mórbido do homem se instala na posição ociosa, não daquilo que é exterior, mas do interior, ao ponto que tirar a mosca, implicará numa decisão que ele mesmo não quer e não queria tomar, pois isso o tiraria do seu lugar de conforto.

A padaria, o que poderia dizer sobre a padaria, acredito que menos relevância nesse episodio tem a padaria, pois tão somente consiste num cenário onde essa cena lamentável ocorrera.

Acredito que sobrará para nós a remoção da mosca, pois ela consiste no cenário, os balconistas estão acostumados com elas, e nós?

Acredito que se depender de mim, ela não ficará muito tempo lá e você?

terminarei terminando essa história sem mencionar o que acontecerá com as senhoras, mas isso pouco importa, uma vez que elas pouco implicariam no texto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

escrevendo alguma coisa, que posso ser útil.

Marcos Cristian, pr

Não existe nada em mim, que diferencia dos outros homens, a não ser a responsabilidade de ser o que sou. Quando e certo quando as pessoas olham para nós, imaginam que não tenhamos dores, dificuldades, turbulencias e ansiedades, pois é tenho tudo isso, e me abato com tudo isso, porém, não gosto de me entregar a essas situações, pois elas dão alternativas para uma nova posição na vida para tomar, fico triste que muitas pessoas quando se sentem assim, largam a toalha cair, que tolice fazer isso! Viver é um grande desafio, e é necessário ter coragem, como diz alguns: cada dia é necessário matar um leão para viver!" Isto é verdade. São inúmeras dificuldades e pessoas que estarão impedindo o avanço natural das coisas e nesta demonstração de forças alguma das partes cederão.

Creio que isso deveras levará a reflexão, a acreditar que a derrota, nos prepara para as futuras vitórias.

entre a morte e vida, prefiro o último, pois apesar das dificuldades, elas não são eternas. Um dia acabará, com certeza!

eu acredito nisso!